A efemeridade do tempo sempre foi o grande dilema de nós, Homens. O tempo, como coisa incontrolável, sempre nos inquietou. O cinema, como expressão do sentimento do Homem, foi e é usualmente alvo dessa inquietação. Basta lembrar filmes como Regresso ao Futuro, de Robert Zemickis, Os Doze Macacos, de Terry Gilliam, O Efeito Borboleta, ou mais recentemente, O Curioso Caso de Benjamin Button, de David Fincher. Como lidar com a fugacidade da vida? Como controlar o tempo, fazê-lo recuar ou avançar? Ao longo dos tempos, o nosso imaginário foi sendo preenchido com respostas, ou aparentes soluções, para estas questões, tais como as máquinas do tempo. Aliás, foi a cultura popular dos últimos séculos, com a ‘criação’ das viagens no tempo, que fomentou ainda mais a vontade humana de controlar o tempo. O cinema e a literatura foram os instrumentos dessa mesma cultura.


Robert Schwentke fez uma boa adaptação. Não devemos adjectivá-la para além disso, contudo é de facto um trabalho bem feito, no que toca à realização. Trabalha com um tema que, para além de ser bastante recorrente, pode facilmente conduzir o filme para o cliché ou mesmo para o ridículo. Schwentke teve a preocupação de tentar não pisar nenhum desses campos, mas manter uma certa comercialidade cinematográfica. Entre um misto de fastfood fílmica e de obra de arte inquietante, Schwentkeconstruiu algo positivo.
A Mulher do Viajante do Tempo é mais um filme que se junta ao leque de criações culturais que abordam o dilema do tempo, mas que, não assumindo nenhum tipo de vanguardismo, diferencia-se do que até então tem sido feito. Um filme construído para agradar todos, ou quase todos, inserindo algumas questões para fazer pensar.
(Crítica também publicada em http://www.espalha-factos.com/2010/06/a-mulher-do-viajante-do-tempo-o-eterno-dilema/)
Olá Chico, antes de mais obrigada por seres seguidor do meu blog! tb já sou do teu :)
ResponderExcluirQuanto ao post gostei imenso de ler, mas ainda não vi o filme.Quero vê-lo por ser um tipo de história de que gosto bastante, nomeadamente por abordar o tema "tempo" e "mudança".
Continua com as críticas, são sempre uma ajuda para todos os cinéfilos e curiosos de cinema!