Venho-vos propor um novo formato. Trata-te de uma rubrica semanal, onde vos irei propor retirar do baú um clássico do cinema. Em breves palavras tentarei-vos convencer a, pelo menos, ir ver o trailler. Se trabalhar bem, poderei até mesmo levar-vos a visualizar o filme. Em todo o caso, aqui fica a minha primeira tentativa.
"O Destino" de Youssef Chahine
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O filme que vos trago foi realizado em 1997, por Youssef Chahine, o génio do cinema egício que faleceu no passado ano de 2008, famoso pela sua obra “O emigrante”, de 1994, que causou imenso sucesso mas também imensa polémica no egípto, envolvendo até acções judiciais e sociais.

Como é habitual em Chahine, o enquadramento histórico que faz ao filme, vem acompanhado de uma carga bastante simbólica. A história de Averrões serve de mote para promover as ideias e as livres interpretações, não só da religião, mas também do comportamento humano em geral. O Destino será uma espécie de aviso àqueles que, na cultura muçulmana de Chahine, bem como na nossa cultura ocidental, levam as palavras dos escritos sagrados à letra. Como fica expresso no filme, o homem nasceu com inteligencia suficiente para descodificar os significados sumbliminares das mensagens de Deus e da Natureza. Como diz averrões, “As ideias tem asas. Ninguém pode parar o seu vôo”.
· Um óptimo filme para ver com olhos de ver e ficar a digerir durante vários dias. Um filme que faz reflectir sobre a condição humana, a liberdade e o pensamento.
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